7 de outubro de 2009

Argentina diz que saída da crise requer políticas para recuperar emprego

Buenos Aires, 7 out (EFE).- O chanceler argentino, Jorge Taiana, assegurou hoje que o fortalecimento democrático na América e a saída da crise global requerem de "políticas ativas" dos Governos, em particular para "recuperar os níveis de emprego".
"O fortalecimento da democracia na região requer a consolidação de estados com capacidade para garantir um crescimento sustentável, gerar emprego decente, melhorar a distribuição de renda, atrair investimentos produtivos e aumentar a produtividade", afirmou ao abrir em Buenos Aires a XVI Conferência Interamericana de Ministros de Trabalho.
O chefe da diplomacia argentina disse que o ser humano "deve ser o centro do circuito produtivo" e que por isso seu país somou a seus Objetivos do Milênio a promoção do trabalho decente.
Sob o lema "Enfrentar a crise com desenvolvimento, trabalho decente e proteção social", o primeiro painel do encontro esteve integrado, além disso, pelo diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o chileno Juan Somavía.
Perante os responsáveis das pastas de Trabalho dos países do hemisfério, Taiana expressou que a Argentina considera que a estreita relação entre democracia e governabilidade e a redução da pobreza e o desenvolvimento exigem uma ação sustentada na região, "não só em nível local, mas também no âmbito mais amplo das relações internacionais".
"Esta conferência acontece de forma oportuna, em um contexto que segue marcado pela crise global, crise que alguns se apressam em considerar superada, mas que ainda segue tendo efeitos negativos na maioria dos países", sustentou.
Nesse sentido, considerou "importante coordenar estratégias entre os ministérios de Trabalho e entre os países para que a recuperação (da economia real) se dê conjuntamente com a recuperação do emprego".
O ministro argentino de Trabalho, Carlos Tomada, destacou por sua vez a pluralidade do espaço de debate e considerou que o desafio da região consiste em "consolidar um modelo de desenvolvimento com igualdade de oportunidades para todos".
Tomada ressaltou as "mudanças profundas" que houve no hemisfério nos últimos anos atrás de uma "América mais justa" e avaliou, além disso, o fato de que entre os países presentes no encontro haja cinco nações da região que participam do G20.
A conferência se estenderá até a próxima quinta-feira, quando se prevê que os ministros divulguem uma declaração conjunta e um plano de ação.

*Postado por Ethel Lustosa Lacrose e Priscila Matos Oliveira

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