25 de agosto de 2009

Brasil levará metas ambiciosas para Copenhague, em reunião da cúpula da ONU

O Brasil liderará as discussões da reunião da cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas, em Copenhague, e entregará metas significativas para o desenvolvimento sustentável mundial. Foi o que garantiu hoje o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, presente em evento sobre mudanças climáticas promovido pelo Valor, em São Paulo. "Estou convencido de que o Brasil vai para Copenhague com metas que signifiquem o declínio da curva (de destruição do meio ambiente)", afirmou o ministro, sem revelar, no entanto, o número "mágico" que o governo apresentará como meta para a redução de emissão de gases poluentes no país. A equipe do governo que representará o Brasil na 15ª Conferência das Partes (COP-15), planejada para dezembro, na Dinamarca, parece convencida a trabalhar para que as ambições brasileiras não fiquem isoladas.
"O Brasil tem condições de chegar lá (em Copenhague) de modo ambicioso, mas também exigiremos que os outros o sejam e esperamos que o resultado final da reunião reflita isso", completou o chefe da delegação brasileira na COP-15, Luiz Alberto Figueiredo Machado, também presente na ocasião. Segundo Machado, o país irá tentar dissuadir as nações desenvolvidas, consideradas as principais culpadas pelas alterações climáticas e ambientais no mundo, a chegarem a uma meta de redução de 40% na emissão dos gases que provocam o efeito estufa, ante os indicadores registrados em 1990. A maioria desses países (com exceção dos EUA) já anunciou que planeja reduzir suas emissões de 15% a 21% até 2020, número ainda aquém do corte de 25% a 40% defendido pela ONU. "Queremos a faixa mais alta desse compromisso mais ambicioso", enfatizou Minc. O posicionamento do governo para a reunião de cúpula de Copenhague, no entanto, ainda é colocado de forma muita ampla, sem definições de metas claras, na opinião da senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. "O governo tem uma posição genérica demais. As metas têm que ser reveladas logo, pois o processo tem que ser feito de modo claro e transparente", criticou ela, também presente no evento. Segundo a senadora, que deverá ser candidata à presidência da República pelo Partido Verde (PV), um dos motivos pelos quais saiu do Partido dos Trabalhadores (PT) foi justamente a necessidade de se colocar de forma mais estratégica diante dos embates ambientais. "O PV criou mecanismos de reestruturação do partido. Ele se coloca à frente da sustentabilidade ambiental", afirmou, depois de ter deixado o PT na semana passada. No evento, as autoridades conheceram o compromisso de algumas empresas com relação à agenda de mudanças climáticas do país. Uma das promessas dessas corporações foi a de publicar anualmente o inventário das emissões de gases nocivos, para obter maior controle sobre esses números. Minc considerou a iniciativa um avanço. "Até pouco tempo, muitos setores não aceitavam se envolver no assunto. Hoje, pedimos que as empresas nos ajudem a definir o número mágico (metas) para Copenhague", concluiu o ministro.
http://economia.uol.com.br/ultnot/valor/2009/08/25/ult1913u112236.jhtm

Postado por Geraldo Lavigne de Lemos

3 comentários:

  1. O tema é de máxima relevância para o direito interno e para o internacional.. Peço aos alunos que vejam o trabalho desenvolvido pelo MP baiano na área ambiental, capitaneado pelo Promotor Sérgio Mendes que coordena o núcleo da Mata Atlântica - NUMA... Vejam o site www.mp.ba.gov.br onde consta notícia sobre oficina ambiental...

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  2. Muito importante mesmo essa discussão sobre a diminuição dos impactos ambientais em nosso planeta, que cada vez mais pede socorro. Pior é vê como os EUA não se preocupam nem um pouco participar dessa reeducação ambiental.

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  3. Muito bonito o trabalho de conscientização e preservação promovido pelo Ministério Público. Principalmente quanto à iminência da grande obra que se projeta para a região, o Porto Sul, que está inserido em área de grande força ambiental, e poderá causar danos irreparáveis. Mas também no que toca à preservação das Madeiras de Lei e o desenvolvimento do Sistema de Proteção Legal da Mata Atlântica.
    Os resultados alcançados são inestimáveis para o meio ambiente.

    Vale notar o destque da UESC com os cursos, seminários e mestrados, enfocando o meio ambiente. Tal feito significa estar a par com as novas diretrizes mundiais.

    o banco de arquivos encontrado no site http://mpnuma.ba.gov.br/ também é uma boa fonte de pesquisa.

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